(texto escrito por Ana Paula Grassini)
Tenho certeza que todo mundo, sem exceção, do mais novo ao mais velho, já passou por algum momento difícil na vida. Talvez tenha sido a morte de alguém próximo, ou uma situação familiar indesejada, ou qualquer outra dificuldade. E no meio dessa situação, sempre temos alguém para nos ajudar e, via de regra, nos referimos a esse alguém como “a luz no fim do túnel”.
Contudo, hoje eu quero que você pense nessa expressão de uma maneira diferente. Você continua dentro do “túnel”, mas a luz ao fim dele não é uma pessoa qualquer, e sim o próprio Deus (Is 41:10, Hb 13:5). Agora, retroceda um pouco nesse túnel até o ponto onde não há nenhuma luz. Você está sozinho, perdido e desesperado. Você clama a Deus por socorro, mas não há resposta. Você nunca se sentiu tão sozinho e desamparado. Sua alma está se derretendo na presença do Pai, você ora insistentemente, mas parece que suas palavras batem no teto de chumbo do seu túnel e voltam, vazias, para você.
Chega um ponto então onde você está prestes a desistir, a sentar-se no chão de seu túnel escuro e sombrio, e esperar que o inevitável aconteça, que sua morte (não necessariamente física) chegue. É nesse momento então que você sente alguém te tocar, alguém segurar a sua mão e dizer “eu estou aqui, eu estou com você pra te ajudar até o fim”. Você então imediatamente reconhece aquela voz; é a voz do seu melhor amigo, aquele a quem você ama como a si mesmo. Você percebe que ele não mediu esforços para entrar no túnel e te procurar, não se importou de enfrentar a escuridão ou os obstáculos pra te ajudar, e percebe também que ele agora te guiará ao fim do túnel, segurará a sua mão quando tropeçar, e estará com você não importa o que aconteça.
Muitas vezes sentimos que Deus está distante de nós, mas isso não o impede de usar pessoas próximas a nós para nos tirar do túnel. O seu verdadeiro amigo, aquele a quem você mais ama, te ajudará quando você mais precisar. Ele não medirá esforços para de animar, ele te ajudará a se levantar quando cair – “É melhor serem dois do que um (...) pois se caírem, um levantará o outro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante.” Ec 4: 9 a, 10 – e, acima de tudo, assim como na metáfora do túnel, ele te levará pelo caminho que te aproxima da luz de Deus; na vida real o seu verdadeiro amigo também te levará a se Deus poderia nos livrar de entrar no túnel, poderia nos dar um atalho ou uma saída mais rápida, mas só quando estamos dentro do túnel (ou das adversidades) é que somos verdadeiramente provados e a nós é revelado quem verdadeiramente nos ama e faria qualquer coisa por nós.
“Em todo tempo ama o amigo; e na adversidade nasce um irmão.”
(Provérbios 17:17)
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