terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Túnel

(texto escrito por Ana Paula Grassini)

Tenho certeza que todo mundo, sem exceção, do mais novo ao mais velho, já passou por algum momento difícil na vida. Talvez tenha sido a morte de alguém próximo, ou uma situação familiar indesejada, ou qualquer outra dificuldade. E no meio dessa situação, sempre temos alguém para nos ajudar e, via de regra, nos referimos a esse alguém como “a luz no fim do túnel”.

Contudo, hoje eu quero que você pense nessa expressão de uma maneira diferente. Você continua dentro do “túnel”, mas a luz ao fim dele não é uma pessoa qualquer, e sim o próprio Deus (Is 41:10, Hb 13:5). Agora, retroceda um pouco nesse túnel até o ponto onde não há nenhuma luz. Você está sozinho, perdido e desesperado. Você clama a Deus por socorro, mas não há resposta. Você nunca se sentiu tão sozinho e desamparado. Sua alma está se derretendo na presença do Pai, você ora insistentemente, mas parece que suas palavras batem no teto de chumbo do seu túnel e voltam, vazias, para você.

Chega um ponto então onde você está prestes a desistir, a sentar-se no chão de seu túnel escuro e sombrio, e esperar que o inevitável aconteça, que sua morte (não necessariamente física) chegue. É nesse momento então que você sente alguém te tocar, alguém segurar a sua mão e dizer “eu estou aqui, eu estou com você pra te ajudar até o fim”. Você então imediatamente reconhece aquela voz; é a voz do seu melhor amigo, aquele a quem você ama como a si mesmo. Você percebe que ele não mediu esforços para entrar no túnel e te procurar, não se importou de enfrentar a escuridão ou os obstáculos pra te ajudar, e percebe também que ele agora te guiará ao fim do túnel, segurará a sua mão quando tropeçar, e estará com você não importa o que aconteça.

Muitas vezes sentimos que Deus está distante de nós, mas isso não o impede de usar pessoas próximas a nós para nos tirar do túnel. O seu verdadeiro amigo, aquele a quem você mais ama, te ajudará quando você mais precisar. Ele não medirá esforços para de animar, ele te ajudará a se levantar quando cair – “É melhor serem dois do que um (...) pois se caírem, um levantará o outro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante.” Ec 4: 9 a, 10 – e, acima de tudo, assim como na metáfora do túnel, ele te levará pelo caminho que te aproxima da luz de Deus; na vida real o seu verdadeiro amigo também te levará a se Deus poderia nos livrar de entrar no túnel, poderia nos dar um atalho ou uma saída mais rápida, mas só quando estamos dentro do túnel (ou das adversidades) é que somos verdadeiramente provados e a nós é revelado quem verdadeiramente nos ama e faria qualquer coisa por nós.

“Em todo tempo ama o amigo; e na adversidade nasce um irmão.” 
(Provérbios 17:17)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

12 lições sobre a paciência


1
Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Efésios 4:2


2
Quando você decide ser paciente, você responde de maneira positiva à uma situação negativa.


3
A paciência traz calma interior em meio à tempestade interior.


4
Ter paciência é escolher controlar suas emoções ao invés de permitir que elas lhe controlem.


5
Paciência e domínio próprio andam de mãos dadas.


6
A paciência aguarda para ver toda a situação antes de julgar.


7
O homem paciente dá prova de grande entendimento, mas o precipitado revela insensatez. Provérbios 14:29


8
O homem irritável provoca dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão. Provérbios 15:18


9
A paciência é o lugar onde o amor encontra a sabedoria.


10
A paciência entende que todos falham.


11
Poucas pessoas são tão difíceis de se conviver quanto uma pessoa impaciente.


12
Poucos de nós praticam a paciência de forma adequada, e nenhum de nós a pratica naturalmente.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Deixando a minha igreja

Eu admito. Já pensei em mudar de igreja. Acredito que todo mundo já pensou nisso. Na verdade, eu torço para não ter sido a única tola a pensar nessa bobagem. Pelo menos usando o motivo que eu tinha. De repente eu olhei em volta e me vi sozinha. Eu, racional como sou, não consegui me ver enquadrada em uma igreja tão cheia de artistas e realizadores. O que acontecia de verdade é que eu estava me afastando de Deus, e um dos estágios desse afastamento é se afastar da igreja.

É estranho por que, no meu caso, estive lá a vida toda. Só que de uma hora para outra, tudo passou a me incomodar. Então, segui o caminho da busca por uma nova igreja. Parece até piada, por que eu pensava nisso, mas nunca visitei nenhuma outra. Tudo o que eu fazia era arrumar desculpas para não ir aos cultos.

Estou num processo de reconciliação e reaproximação de Deus há algumas semanas. Falta muito. Mas quando você começa a andar nessa direção, Deus vai abrindo as portas para que tudo ocorra bem. Por personalidade, eu nunca gostei de assistir cultos. Na minha cabeça a relação é muito parecida com assitir aulas. E como eu fui chamada de turista na faculdade, você pode ver que eu realmente não gostava de estar por lá, apesar de ser ótima aluna e figurar entre as maiores notas da turma. Acho que é a relação de sentar e ouvir alguém falar, eu me distraio e começo a achar chato. Pois bem, perdi num brincadeira com uma amiga na semana passada e a punição que ganhei dela foi: 2 meses sem faltar os cultos. Não disse que Deus vai moldando o caminho?

No mesmo dia que ela me deu a punição eu fui ao culto, em outra igreja. Um congresso de jovens e adolescentes que gerou uma nostalgia incrível. Me remeti aos idos anos 90 e meus fins de semana de agosto quando acontecia o Encontrabb. Tempo bom demais. Na hora, minha cabeça começou a pensar: "Bem que você podia vir para essa igreja hein? Você conhece muitas pessoas, e as coisas são iguais ao tempo que você se sentia bem na Brasilândia. Além disso, você tem tanto o que ensinar para eles, tanta experiência diferente para trazer... bem que você podia mudar de igreja hein?" Esses pensamentos duraram menos de 24 horas, por que na manhã da segunda eu li o dia 21 do livro Uma Vida com Propósitos e levei uma chacoalhada...

Entendi que em qualquer igreja eu vou encontrar pobres, ricos, gordos, magros, jovens, velhos, imperfeitos, não perfeitos, cheirosos, fedidos, críticos, passivos, idealistas, alienados, com opinião, sem opinião, cultos, ignorantes, estudados, analfabetos, sinceros, mentirosos, extrovertidos, tímidos, sensíveis, brutos, polêmicos... É igual em todo lugar. Só que as vezes, olhando a grama do vizinho, ela parece tão mais verde... parece que só tem coisas boas por lá...

"Não há nenhuma igreja perfeita para onde escapar. Toda igreja tem seu próprio conjunto de fraquezas e problemas, e você logo ficará novamente desapontado." Rick Warren

Entendi e aprendi que, como disse o Rick Warren: "Ansiar pelo ideal enquanto critica o real é sinal de imaturidade. Em contrapartida, conformar-se com o real sem lutar pelo ideal é passividade. Maturidade é conviver com essa tensão." Tenho me descoberto tão imatura ultimamente...

Hoje, neste momento, agora, acredito que se Deus me colocou na igreja que eu estou, existe um motivo para isso. Tem algo que Ele espera que eu faça por lá. Pode até ser que um dia ele me leve para outro lugar. Mas eu não posso simplesmente deixar o que quer que seja que Ele queira que eu faça por simples capricho de uma menina imatura. Só posso pedir que, agora que estou com essa visão, Ele me direcione para o que deseja que eu faça.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

TESTADO E APROVADO: Passo-a-passo para fazer as pazes

Está tudo bem, um mar de rosas. Mas repentinamente o tempo vira e você se desentende horrorosamente com seu amigo. Se você parar para pensar era impossível que vocês brigassem, se davam tão bem... ou ao contrário: um desentendimento era questão de tempo. Mas não importa. Aconteceu. Vocês até estão se falando. Mas essa situação te incomoda tanto... O que fazer para resolver? Rick Warren dá umas dicas sobre isso no dia 20 do livro Uma Vida com Propósitos e eu  traduzi as ideias dele do meu jeito, dá uma olhada:

1. Fale com Deus
Quando li o capítulo do livro, Deus sussurrou alguns nomes no meu ouvido. Então, falar com Ele, não foi a coisa mais difícil do processo. Foi engraçado que, conforme Deus ia me dando nomes, eu pensava: "Caramba! E eu pensando que era uma pessoa legal que não tinha problema com ninguém!". Puro engano.
Primeiro pedi perdão a Deus por me deixar estar na condição de precisar me reconciliar com mais de 5 pessoas. Em seguida, pedi orientação a ele. Eu sou meio bruta e, consequentemente, não sou boa em abordagens pacíficas. Mas tive a certeza de que Deus me capacitaria a fazer isso.

2. Escolha um segundo amigo e conte para ele sobre o conflito
Acho que esse segundo passo foi o mais difícil pra mim. É estranho, mas foi complicado contar para outra pessoa o quanto eu tinha sido babaca com amigos, colegas e família.
Foi um processo mais interno que externo. Tive que quebrar alguns preconceitos antes de ter coragem de falar.
Mas foi libertador. Depois que contei para André e Raquel como as coisas estavam, foi fácil partir para o próximo passo.

3. Procure a pessoa
Durante a conversa:
A) Admita seus erros
B) Peça perdão

Foi preciso respirar fundo para tomar coragem. Duas das abordagens foram pelo facebook, já que eu me expresso muito melhor escrevendo. Confesso que eu tremia enquanto escrevia pequenos paragrafos em que segui a receita: admitir meus erros e pedir perdão.

Pessoalmente então, não foi nada fácil. Eu tremia literalmente conforme cada palavra da receita saía da minha boca.

Mas em todos os casos, o Espirito Santo deu aquela força! Ele preparou os caminhos e fui bem rebida por todos. Alias, nenhuma das pessoas com quem eu falei guardava mágoa, ou sequer lembrava das coisas que me incomodaram. Ou seja, Deus usou esse caminho para me proporcionar um processo de cura e crescimento. Eu fui a grande beneficiada dessa história!

Bom, se enquanto você lia esse texto, Deus colocou nomes na sua cabeça, recomendo veementemente que você siga os três passos. Vai ser libertador, eu garanto.